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TRATADO GERAL DE UMA ESTRELA SEM GRANDEZA

As pessoas obrigadas a grandezas,

Acabam se esquecendo das pequenices,

Ou melhor, as guardam no canto da boca

Para, às vezes, fazerem bochechos de poesia.

Mas pequenices não são coisas de fundo de boca

Ou de canto de gaveta.

E poesia não é coisa de grandezas!

Ela é feita de vômitos e frêmitos,

É espasmo de cotovia e assobio de besouro.

A poesia em bochechos fica com sabor

De doce que ainda não veio.

 

Não fique apregoada às grandezas!

Não dê conta das razoabilidades nas vitrines!

Deixa jorrar em si as pequenices!

Solte seu sorriso de cauda de cometa,

Riscando o firmamento com asas de pirilampos.

Faça cócegas na barriga das tartarugas,

Para que elas cantem suas melodias perfumadas.

Cole as estrelas em postes de luz

E costure as gotas da chuva em cachoeiras.

Baile danças não sabidas e ria dos seus pés teimosos,

Abrace as orquídeas com cordas de violoncelo

E nade nos riachos que nascem atrás das suas fantasias.

Ouça os rodopios das formigas que voltam para suas casas,

Depois de mais um dia em busca de pérolas embriagadas.

Corra, pare, pule, balance a cabeça!

Assim, a poesia virá aos borbotões,

Do mesmo jeito que acontece a cada vez

Em que você brilha sua alegria,

Como uma estrela cadente

Que embala nossos desejos de uma vida inteira.

Escrito por Roman Lopes

Guarulhos - SP

Publicado em fevereiro de 2021

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Editor responsável: Vagner Lopes Roman Junior (Roman Lopes)

Guarulhos - SP 

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